terça-feira, 28 de outubro de 2008

Coleta seletiva de lixo atinge só 15% de Ribeirão

Prefeitura pretende ampliar o alcance do serviço

A coleta seletiva de materiais recicláveis atinge apenas 15% da cidade de Ribeirão Preto. Cerca de 30 bairros são atendidos com o serviço pela prefeitura, que pensa em ampliar o alcance, mas antes precisa da conscientização da população no momento de separar o lixo.De acordo com o engenheiro Carlos de Paula Ferreira Neto, do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), o benefício da coleta seletiva é ambiental e social. “Ajudamos o meio ambiente e ainda damos empregos para várias famílias”, explica.Para Ferreira, o mais importante é saber separar o lixo úmido do lixo seco, que pode ser reciclado. “Não é necessário separar papel do plástico ou alumínio do vidro, pois isso é feito nas empresas de reciclagem”, explica.

A Casa das Mangueiras é uma entidade que faz a separação e reciclagem do material doado por colaboradores e empresas de Ribeirão Preto. Há 20 anos, o projeto atende 150 pessoas entre adultos e crianças. A casa tem um caminhão que faz a coleta em condomínios.Na oficina de papel da entidade, os adolescentes aprendem a fazer blocos, embalagens e cartões de Natal. Em outra, os retalhos, doados por empresas do setor têxtil, são transformados em tapetes e toalhas.

O trabalho em grupo gera capacitação e renda. “Ficamos muito felizes, pois é um cuidado com o planeta. O trabalho tem um caráter social, pois o dinheiro que entra é usado para a contratação de pessoas com pouca qualificação profissional”, explica Sueli Danhone, diretora da Casa das Mangueiras.Uma usina de Ribeirão Preto, que foi doada pela prefeitura a uma cooperativa de catadores de lixo reciclável, também faz o trabalho.

Em média, o local recicla 21 mil toneladas de lixo por mês.Apesar da coleta seletiva não atingir todos os bairros, o engenheiro do Daerp aconselha a população a separar o lixo reciclável. “As pessoas devem ligar na prefeitura e exigir que a coleta seja feita na porta de casa”, orienta.


Responsabilidade ambiental
Um condomínio de Ribeirão Preto tem a coleta seletiva há sete anos.

Os moradores dos 256 apartamentos fazem a separação do lixo em tambores. Tudo é vendido e o dinheiro arrecadado é usado para melhorar a estrutura do local. Até agora, foram compradas mesas, cadeiras e ventiladores para os nove salões de festa do condomínio. “O mais importante não é o dinheiro e sim a conscientização de que a reciclagem é importante para o meio-ambiente”, explica a síndica Sônia Lima.

O empresário Manoel Tavares afirma que é possível contribuir com o meio ambiente de outras formas. Ele utiliza o lixo orgânico de sua casa para fazer adubo, que é usado em hortas e jardins. O lixo da cozinha e as folhas secas são colocados em uma compoteira e, após três meses em decomposição, o adubo está pronto para ser usado. Todos podem fazer esse processo em casa. “Ele é excelente, já que tem todos os micro-nutrientes necessários para a planta”, destaca.

No supermercado, também é possível pensar em medidas favoráveis ao meio ambiente. O ambientalista Paulo Finoti explica que é preciso priorizar os produtos com embalagem reciclável, como vidros, plástico, papel e alumínio. “É uma oportunidade de reaproveitar”, afirma.Finoti ainda diz que produtos com isopor não são recomendados, pois demoram muito tempo para se degradar.

Além disso, os produtos que não têm embalagem, como calçados e toalhas, são muito importantes “O custo para o consumidor é reduzido e ainda é possível diminuir o excesso de material descartado no lixo”, ressalta.As sacolas de plástico usadas para carregar as compras causam danos ao meio ambiente e, segundo Finoti, devem ser substituídas por sacolas retornáveis, que o consumidor leva quando vai às compras.

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fonte: EPTV

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