segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Orgulho de Ribeirao Preto

Teatro Pedro II Prédio que já foi esquecido e destruído por incêndio hoje é referência em acústica para todo o País
O terceiro maior teatro de ópera do País está localizado no interior de São Paulo. Orgulho dos ribeirão-pretanos, o Theatro Pedro II recebe elogios de visitantes e artistas. Construído para ser marco do poderio econômico da cidade, que viveu seu auge nos tempos de ouro do café, o teatro é o tema da terceira reportagem especial realizada pela Gazeta sobre os pontos que mais atraem turistas em Ribeirão Preto.

De janeiro a setembro de 2008, 80 mil pessoas assistiram os 200 espetáculos realizados no Pedro II. Um espaço democrático, o teatro de ópera recebe desde concertos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e espetáculos humorísticos consagrados—Terça Insana, Os Melhores do Mundo—até artistas locais e cede espaço para festivais como o Dança Ribeirão. “Nosso objetivo é formar público e ter espetáculos de qualidade. Tanto que sempre tentamos fazer espetáculos gratuitos para pessoas que não podem pagar”, afirmou a diretora artística, Regina Scatena.

Inaugurado em 8 de outubro de 1930 com a exibição do filme Alvorada de Amor, o teatro tornou-se marco cultural na região e era freqüentado pela elite da cidade. No final dos anos 60, porém, as óperas deram espaço a filmes. A má conservação e o abandono de um símbolo de Ribeirão resultou em um incêndio em 1980, que o deixou fechado por dez anos.
Neste período, em 1982, o teatro tornou-se patrimônio histórico e oito anos mais tarde começou o processo de restauração e modernização. A reinauguração foi em 19 de junho de 1996 e, desde então, as terças e as quintas o teatro, que é administrado pela Fundação Pedro II, é aberto a visita de pessoas interessadas em conhecer um pouco do teatro de estilo europeu com acústica considerada perfeita. “Hoje, ele representa o símbolo cultura de uma época e tem um importante papel na história da cidade”, disse a historiadora Nainora Maria Barbosa de Freitas.

A construção e os detalhes arquitetônicos do teatro também chamam a atenção. "O Pedro II tem uma arquitetura eclética, mas o que predomina é o Art Decô francês. E mesmo com a restauração as características originais foram preservadas", afirmou o arquiteto e urbanista e membro do Conselho de Patrimônio, Cláudio Henrique Bauso.

OPINIÕES
“Ribeirão Preto é um grande centro de produção de música clássica”
Marcelo LopesDiretor da Fundação Osesp.

“O teatro tem uma grande qualidade, é muito mais fácil fazer um concerto melhor”
DjavanMúsico

“O Pedro II tem a melhor acústica do Brasil. Ele é uma jóia, patrimônio universal”
Fernando PortariDiretor de O Rigolleto


Forro mostra fluxo de água

No restauro, poucas alterações foram feitas no Pedro II. Segundo Regina Scatena, as poltronas de madeira deram lugar a outras mais confortáveis. “A madeira rangia e ninguém podia se mexer. Agora, tem tecido acústico.” O lustre principal e o forro da platéia—feito por Tomie Otake— são novidades. “Eles se referem ao movimento das águas, que apagaram o fogo do incêndio.” Outras alterações foram a construção de galerias laterais no terceiro andar e a cor da cortina. “Eles já tinha comprado a cortina vermelha, aí chegou uma mulher com um pedaço de cortina azul original do teatro. E eles pediram para que ela jogasse fora”, afirmou Cláudio Bauso.

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fonte: www.gazetaderibeirao.com.br

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