quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Crise: chorar ou vender lenços? - Por Vicente Golfeto

Crise é palavra portuguesa que tem a mesma raiz de crítica e de critério.
A etimologia nos leva a crinós, no grego.
Já dá para ver que tempo de crise é tempo, também, de critério – sinônimo de juízo, de bom senso – e de crítica. Que é investigação, procura, pesquisa.
Você já ouviu falar que nas crises há os que choram e há, também, os que vendem lenços.
É um dos períodos em que mais o dinheiro muda de mão.
Warren Buffett já superou, atualmente, a fortuna de diversos norte-americanos.
Hoje é o homem mais rico dos Estados Unidos. Ele aconselha a ser “cauteloso quando todos são gananciosos. E gananciosos, quando todos são cautelosos”.
Numa palavra: afastar-se de espírito de manada. Há muitos anos, um repórter perguntou ao então presidente do Bradesco, Amador Aguiar, como ele ganhava tanto dinheiro em, bolsa, exatamente no momento em que a maioria perdia.
Ele deu a fórmula, que tem alguma semelhança com a de Warren Buffett: “ quando todos entram, eu saio. E, quando todos saem, eu entro”.
Na crise, mais critério. E muito cuidado com as más notícias que, segundo o mesmo Warren Buffett, “são as melhores amigas do investidor. Elas permitem –enfatiza ele- comprar uma fatia do futuro dos Estados Unidos a preço de liquidação”.
A crise chega em dois tempos. Primeiro, atingindo micro e pequenas empresas. Depois, contaminando as médias e grandes. Estas -muitas delas, diga-se- são sociedades anônimas de capital aberto. Têm ações cotadas nas bolsas de valores.
Exatamente aí é necessário juízo, bom senso, critério. Para vender ações de uma S/A de capital aberto, o investidor não deve considerar os fluxos de mercado mas os fundamentos da empresa.
Vale dizer: vimos ações de empresas com fundamentos sólidos despencarem na bolsa. Quem analisou e comprou, vai ganhar dinheiro. Enquanto outros vão perder. É um jogo de soma zero.
Nas micros e pequenas, vemos a crise através do mercado de locação. Mas este é assunto para outro dia.



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fonte: Revista Ação, por Vicente Golfeto

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