segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ibama prevê erradicação do desmatamento no Amazonas em cinco anos


O índice de desmatamento no estado do Amazonas será nulo, ou estará muito próximo disso, em 2013. A projeção foi entregue na terça-feira (16), em Manaus, pelo superintendente do Instituto Brasileiro Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, Henrique Pereira, durante a divulgação do relatório anual de atividades do órgão.

"É uma projeção com base nos dados de redução de novas áreas de desmatamento. Em comparação estatística com os anos anteriores, desde 2003, projetamos os dados com a mesma tendência até chegar à taxa zero. Se a situação que temos hoje for mantida nos próximos anos, muito em breve a nossa taxa de desmatamento em floresta primária atingirá um valor próximo de zero", disse Pereira.

De acordo com as informações apresentadas pela direção do Ibama no Amazonas, em 2008, durante a operação de fiscalização Guardiões da Amazônia, a redução do desmatamento no Amazonas foi a mais significativa para os estados da região. Em toda Amazônia, contudo, a taxa de desmatamento de 2008 foi maior que 2007. Este ano, a região teve 11.968 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas contra 11.532 em 2007.

Do ponto de vista da queda do desmatamento, conforme o relatório, 2008, em comparação com o ano anterior, foi melhor para os estados do Amazonas e de Rondônia, que registram queda de 315 e 550 quilômetros, respectivamente. Na outra ponta estão os estados do Mato Grosso, Roraima e Maranhão, com alta total superior a 1,3 mil quilômetros quadrados.

Segundo a direção do Ibama, apesar do Amazonas apresentar uma redução contínua dos níveis de desmatamento, o estado ainda precisa concentrar esforços para reverter o quadro do município de Novo Aripuanã.

O Ibama afirma que o acesso facilitado aos estoques florestais, aliado a uma situação de grilagem de terras no município, têm contribuído para o dado negativo no local. Em 2008, o município registrou 40,3 quilômetros quadrados de desmatamento. A maior redução foi verificada em Lábrea-- no sul do estado--, que caiu de 110,74 em 2007 para 43,33 em 2008.

"Novo Aripuanã é o município que tem se revelado como o mais problemático nessa questão ambiental", disse Pereira. "Essa é, sem dúvida, uma área que precisa de um trabalho mais intenso dos órgãos de fiscalização", assinalou Pereira.

Em 2008, a operação Guardiões da Amazônia, que congrega a fiscalização do Ibama, PM e outros órgãos públicos, resultou em R$ 382,1 milhões em multas; embargou mais de 19,4 mil hectares de terras, e aplicou 132 autos de infração. O custo total da operação foi de R$ 1.078.463.

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fonte: Folha Online

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