Por trás da festa e da diversão, o Carnaval esconde um inimigo pesado dos consumidores brasileiros: os impostos. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento tributário (IBPT), a maioria dos produtos consumidos durante o feriado —como fantasias, instrumentos musicais, bebidas e confetes— possuiu uma carga média de tributos que representa 40% de seu preço total.
A campeã de tributação, segundo o IBPT, é a cerveja. Tanto a lata quanto a garrafa tem uma incidência de impostos de 54,8%. “A cerveja tem uma tributação mais alta porque é considerada pelo legislador como um produto supérfluo e, além de tudo, que causa malefícios”, disse o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike. Outras bebidas, também consideradas supérfluas, como o refrigerante, tem carga tributária de até 46%. A água mineral, porém, considerada um produto necessário, tem uma incidência de impostos 44%.
A pesquisa do IBPT considerou vários tributos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) vigente no estado de São Paulo, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), o Imposto de Renda e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). De acordo com Olenike, um dos principais problemas do regime tributário brasileiro é que o consumidor desconhece o quanto paga em impostos. “O governo não tem essa transparência. Não há discriminação sobre os tributos que estão sendo cobrados na embalagem.”
Segundo o diretor, como a maior parte da população não tem consciência da quantidade de tributos que paga, não há como pressionar o governo e reivindicar mudanças no sistema. “O objetivo do nosso estudo é conscientizar a população para que seja cobrada uma melhor destinação para essas verbas”, disse Olenike.
Valor pago não ‘volta’, diz analista
Além do peso no bolso e do desconhecimento, os consumidores brasileiros enfrentam outro problema com a alta carga tributária brasileira, a falta de retorno em serviços públicos de qualidade. “A população não recebe em troca do governo a quantidade de tributos que estão embutidos nos produtos”, disse o economista José Rita Moreira.
Mas, para muitos consumidores, o impacto dos tributos passa desapercebido durante as compras. “Na realidade, as pessoas não têm muita saída, pois os impostos estão lá e elas têm de comprar os produtos”, disse o disse o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike. E as vendas de produ
O operador de telemarketing Roberto Ferreira Barbosa Jún
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fonte: Gazeta Ribeirao
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