quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ribeirão terá novos ônibus para deficientes

Duas das três empresas de transporte coletivo da cidade vão expandir frotas adaptadas

Por força da lei, duas das três empresas de transporte coletivo de Ribeirão Preto vão expandir suas frotas adaptadas para atender usuários portadores de necessidades especiais —como os cadeirantes. Apesar da pequena demanda, suprimida pelo transporte gratuito de vans, as permissionárias têm de cumprir legislação federal, que prevê que a partir de março deste ano toda a frota de transporte coletivo urbano deve ser fabricada como veículos acessíveis aos cadeirantes e demais usuários de mobilidade reduzida.

De acordo com dados da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), há pelo menos 231 cadeirantes atendidos na porta de casa pelas 16 vans do Sistema Leva e Traz, transporte gratuito que tem os custos subsidiados pela tarifa comum do transporte coletivo. Porém, não há registro da demanda de cadeirantes nos sete ônibus urbanos equipados com plataforma elevadiça.

De acordo com o diretor da Turb, Carlos Roberto Cherulli, a partir de abril, 20 dos 105 carros da empresa serão substituídos. Todos os novos veículos serão adaptados para cadeirantes. Atualmente, cinco carros da empresa disponibilizam o serviço. “Hoje é pouco usado, os cadeirantes preferem o sistema de vans”, disse o diretor.

A Transcorp também renovará parte da frota de cem carros. A partir de março, dez novos ônibus passam a rodar com plataformas elevadiças para cadeirantes, o que eleva para doze o número de carros adaptados. Apenas na Rápido D’Oeste não há previsão de renovação da frota neste ano e a empresa deve seguir com apenas dois carros adaptados para receberem portadores de necessidades especiais. “Pode ser que isso mude. Se comprarmos novos carros certamente terão equipamento para transportar cadeirantes”, disse Eduardo Manoel de Oliveira, gerente operacional da empresa. (Guilherme Tavares)

Cadeirante depende de van

Há oito anos, Lucas Henrique da Costa, 26 anos, utiliza diariamente o transporte de vans em Ribeirão. As viagens têm de ser agendadas e ele só pode ir aos locais onde previamente combina. “Passa ônibus na porta da minha casa, mas nenhum deles têm como transportar cadeirantes. Se tivesse como andar de ônibus, eu poderia ir ao Centro ou ao shopping.” Costa usa o transporte gratuito todos os dias da semana para ir aos treinos de atletismo na Cava do Bosque e às sessões de fisioterapia. Ele disse que não é possível andar no ônibus comuns, porque os corrimões atrapalham e não há espaço para a cadeira. “Eu teria de sentar no chão para subir ou pedir ajuda para alguém. E as vans não rodam nos feriados, no carnaval os cadeirantes nem saem de casa. Queria muito que um ônibus adaptado passasse na porta da minha casa, porque assim eu poderia ir para onde eu quisesse.”

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fonte: Gazeta de Ribeirão

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