domingo, 8 de março de 2009

Na hora de decidir Estudante escolhe carreira por vocação e não por dinheiro

O CORAÇÃO CONTA MAIS

Primeiro, a vocação. Depois, o dinheiro. Esta tem sido a lógica pela qual a maior parte dos estudantes tem se norteado na hora de escolher a profissão. É o que revela pesquisa divulgada no mês passado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Dos quase 70 mil vestibulandos entrevistados pela instituição, 44.650 disseram ter escolhido a carreira por questões vocacionais, número que representa 66,81% do total.

A realidade impressa na pesquisa também encontra eco em Campinas. O estudante Pedro Paulo Dipe Martins, de 18 anos, é um bom exemplo. Sem qualquer influência familiar, apostou na identificação que sempre teve com o meio ambiente e não teve dúvidas em escolher o curso de geografia na hora de prestar vestibular. “Sei que não é uma área muito promissora, mas tenho certeza que posso ser bem sucedido se a graduação for bem feita”, acredita.

Martins acaba de conseguir vaga no curso em duas universidades públicas e tem convicção de que pode se dar bem no mercado. “Avaliei o curso e sei exatamente o que vou encontrar pela frente. O dinheiro não pode vir antes da minha satisfação profissional. Tem de ser consequência”, filosofa.

CONVICÇÃO. No caso de Olívia Soares de Camargo, também de 18 anos, nem um teste vocacional foi suficientemente capaz de fazê-la tirar agronomia da cabeça. “Nessa época surgem muitas dúvidas na nossa vida, mas bastou eu conversar com um profissional de agronomia para ter certeza de que era isso mesmo que eu queria fazer”, lembra.

Olívia admite que, no início, a escolha causou certa desconfiança em sua mãe. Nada, porém, que a fizesse desistir do sonho. “Acho que a questão financeira não será problema porque, além de gostar da área, o campo de trabalho oferece muitas possibilidades”.

Com vaga assegurada em três universidades, Olívia garante que está preparada para encarar todos os percalços da profissão em nome do que chama de talento natural para ser agrônoma. “Estou convencida de que posso me dar muito bem”.

Antes, só havia três cursos

Difícil imaginar que, há pouco mais de um século, ainda havia apenas seis instituições de ensino superior no Brasil e nenhuma universidade. A “escassez” perdurou até 1934 com a criação da Universidade de São Paulo, responsável pela ampliação das ofertas de cursos acadêmicos no País. Até então, quem pretendesse estudar tinha de basicamente escolher entre os cursos de Direito, medicina e engenharia. Para a consultora de empresas Ana Cristina Giuliani, esta é uma das razões pela qual tais profissionais tornaram-se escolhas quase naturais no País. “Durante várias gerações, os filhos continuaram se espelhando no sucesso dos pais para escolher a profissão. Ou eram médicos, advogados ou engenheiros. Isso fez com que essas áreas se tornassem referência em carreira bem sucedida”, aponta. (HN/AAN)

REDE

23.488 Cursos superiores reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) disponíveis no Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

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fonte: Gazeta de Ribeirão

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