sábado, 18 de abril de 2009

Meio ambiente: Número de terrenos em Ribeirão Preto usados para descarga de entulhos aumenta oito vezes em nove anos.

Lixo por todos os lados.

Nos últimos nove anos, o número de depósitos de lixo a céu aberto em Ribeirão Preto aumentou quase oito vezes. De oito terrenos utilizados para o fim em 2001, são 71 em 2009. As informações são do Sistema de Informação de Atenção Básica (Siab) do Ministério da Saúde.

As áreas utilizadas como lixões incluem terrenos regularizados ou não que servem para receber tanto dejetos físicos quando restos de materiais da construção civil. A grande maioria, no entanto, são depósitos irregulares, utilizados pela própria população ou por empresas de caçambas. É o caso de uma área no Parque Ribeirão, ao lado do horto. De propriedade da Prefeitura de Ribeirão, o local —que tem também um grande vazamento de esgoto, que corre a céu aberto, é utilizado por caçambeiras irregulares. Os moradores afirmam que a área é utilizada irregularmente há pelo menos dois anos.

Para o secretário da Infraestrutura, José Roberto Romero, a situação é grave e precisa ser combatida. Mas ele ressaltou que a cidade não comporta, hoje, todo o lixo produzido, que acaba em áreas irregulares. “A Prefeitura tem capacidade para processar 240 toneladas/dia. A estimativa é que Ribeirão produza até 1,5 mil toneladas. O que não processamos acaba em áreas irregulares.”

Já Simone Kandratavicius, diretora da Associação Ecológica Pau Brasil, considera o problema o “segundo mais grave” da cidade quando o assunto é Meio Ambiente. “Depois das queimadas, é nossa grande questão. É preciso uma política clara sobre o assunto, mas não temos ações. Temos a lei, mas não a fiscalização. Com o depósito de resíduos em lugares inadequados, pode ocorrer infiltrações que cheguem até o aquífero, além dos danos ambientais causados pelo lixo.”

SEM LIXÃO. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Joaquim Rezende (PV), a cidade não possui lixões a céu aberto destinados a receber lixo orgânico. As áreas, segundo ele, são todas utilizadas irregularmente pela população para depósito de dejetos ou pelas empresas de caçamba. “O que posso dizer é que Ribeirão não tem nenhum lixão a céu aberto autorizado a funcionar”, disse o secretário.

Setor amplia área de dejetos

As construtoras de Ribeirão Preto passaram a ser obrigadas a dar destino final aos entulhos que gerarem em suas obras em 20 de outubro do ano passado. Quem desrespeitar a lei pode pagar multa de até R$ 11 mil. A medida traz uma economia à cidade na limpeza pública estimada em R$ 1 milhão por ano. A construção civil na cidade gera, segundo dados do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), 500 caçambas de entulho por dia. Segundo o diretor regional do Sinduscon, José Batista Ferreira, os construtores já dispõem de uma área de 10 mil metros quadrados para receber o entulho, suficiente para 50% da demanda. “É uma parceria de dez grandes construtoras que será ampliada”, disse.

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fonte: Gazeta de Ribeirão

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