sábado, 18 de abril de 2009

Smart, da Daimler-Chrysler, marca a entrada dos minicarros no caótico trânsito brasileiro.

Um novo tipo de carro começa a povoar o imaginário do brasileiro que vive nas grandes cidades. Mas a novidade não lembra em nada os modelos que entopem as ruas das metrópoles.

A nova aposta das montadoras está nos minicarros especialmente concebidos para o trânsito urbano e muito comuns na Europa e na Ásia. Entre eles, poucos são tão representativos quanto o smart, da Daimler-Chrysler, que chega ao Brasil na terça-feira 14.

Seguro como um sedã, ele tem apenas 2,7m de comprimento, 1,56m de largura e lugar para dois passageiros. O motor, de três cilindros, polui menos e faz ótimos 15,6km/l. Para os especialistas, mesmo que o carro chegue apenas a uma pequena parcela de brasileiros

- o preço de entrada é de R$ 57,9 mil -, a atenção que ele atrai vai colaborar para mudar a cultura que se tem sobre automóveis e trânsito. "Com o smart nas ruas as pessoas passam a aceitar carros radicalmente diferentes", diz Jaime Waisman, engenheiro de transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. "Com o tempo, isso abre caminho para a produção de veículos semelhantes, só que mais acessíveis."



PARA DOIS SEM APERTO Smart chega com motor 1.0 e preço inicial de R$ 57,9 mil



Na Índia, o minicarro urbano com valor razoável já é uma realidade. Batizado de Nano, ele polui mais que o smart e não atende às rigorosas leis de segurança europeias, nem brasileiras, mas custa R$ 4,4 mil e desde o lançamento oficial, em 1º de abril, atraiu 51 mil compradores.

Com motor de 33 cavalos, ele leva até quatro pessoas sobre chassi maior - 3,1m de comprimento -, mas mais frágil que o do smart. No Brasil, enquanto os exemplares mais baratos não chegam, as importadoras investem nos pequenos recheados de luxo.

Um exemplo é o Mini Cooper (R$ 92,5 mil), que estreia oficialmente no País na segunda-feira 13. Maior que o concorrente da Daimler-Chrysler, ele tem 3,7m de comprimento e aposta no visual retrô como diferencial. Outro que vai chegar por aqui no segundo semestre é o Fiat 500.

Badalado na Europa, o compacto e sofisticado veículo foi a estrela do New York Auto Show na quarta-feira 8. Ninguém menos do que Jim Press, presidente da Chrysler, a mais nova parceira da montadora italiana, chegou a bordo de um reluzente Fiat 500 azul ao evento. Foi um sinal claro da importância que os econômicos carrinhos terão no futuro das montadoras.


Enxuto e elétrico
Nos EUA, Segway e GM se uniram para criar o Puma, um carro elétrico para as cidades. Com dois lugares e autonomia para 56 km, a novidade terá custo equivalente a 25% do valor de um carro. Por enquanto ele só roda em avenidas de piso liso e seco, mas em breve surgirá um modelo mais versátil. Não há previsão para o início das vendas - um protótipo já circula por Nova York (foto).

Há quem argumente que para serem verdadeiramente eficientes na cidade e contribuírem para melhorar o fluxo no trânsito, até os enxutos Fiat 500 e Mini Cooper teriam de emagrecer.

"Carros urbanos devem pesar entre 700 kg e 800 kg", afirma Luiz Dutra, especialista em design automobilístico. Mudanças na legislação para permitir que os minicarros estacionem como motos, tal qual na Europa, o que geraria uma enorme economia de espaço, também seriam necessárias.

Em centros de excelência como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, há vários projetos em andamento. Como o "City Car", um modelo que pode ser dobrado e tem rodas que giram 360 graus.

Pode parecer loucura agora, mas o smart, que já foi um devaneio, hoje indica um caminho razoável para desatar o nó do trânsito. Vale a aposta no futuro.

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fonte: Isto é

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